terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Fixing man's world, a child’s task

LD Dr.med. DSc. Sergio U. Dani, 31st December 2013

One of the most inspiring stories I have ever heard was about a seven year old boy who managed to fix the world by fixing the man behind it. The child’s father had found a world map printed on the page of a magazine. He cut out the map into several pieces, grabbed a roll of duct tape and handed it to his son, asking him to fix the broken world. The boy did not know how the world looked like, tried to fix it, but could not. But he remembered seeing the figure of a man printed on the opposite page, when his father took the role of the magazine to cut. Then he turned the clippings and started to fix the man he knew how. When he managed to fix the man, he turned the sheet and saw that he had repaired the world.

The obvious lesson this story is meant to teach us about is this: it is easier to fix the man, than to fix the world. The less obvious lesson that the story conveys is certainly this: the world will be fixed as the man is fixed. Man is at the center of the solution, no matter the direction it takes, when it comes to solve the puzzle of the broken world. 

A practical question arises as how to fix the man, in order to fix the world? We are thought to believe that education is the most effective way to ‘fix’ a person. But few people – most scientists anyway – would agree on what a ‘well-educated’ person is like. A well-educated person – in the sense of someone who is prepared to solve the puzzle of a broken world – is a person who has been educated in science, for science is the art of the soluble. Scientists often diverge, as this is part of the quest for scientific truth. But the enterprise of science as a whole is a safeguard against major error.

In this second decade of the 21st century, genetics offers other powerful tools to fix the man. In a foreseeable future, every individual will have access to the entire sequence of his or her genome, or a reliable representation thereof. Personalized treatments to disease will be devised, based on this genetic information. People will choose their partners based on their genetic compatibility. Genetic information will be used to attain adaptation to a changing environment. Eventually, we may come to the realization that it is easier to fix the environment, than to fix the man. At this point we will have turned the clippings. When we managed to fix the environment, we turned the sheet and saw that we had repaired the man.

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

O decadente império de Brasília e os inevitáveis movimentos de independência

Sergio Ulhoa Dani, em 30.dez.2013

O modelo do governo central e imperialista de Brasília está ultrapassado. A distribuição de bolsas, cotas, fundos, ‘pão e circo’ e outros favores tornou-se prática de manutenção de um governo incompetente e falido que de outra forma não se sustenta. Esses mimos são moedas de troca na compra e venda de votos e lealdade, eles corrompem cidadãos, dominam instituições e está claro que não reduzem a pobreza, a injustiça e a desigualdade social.

Quando o cidadão recebe um favor do governo, ele é comprado com seu próprio dinheiro. Essa corrupção não é, e nunca será política de desenvolvimento social. Política social é conservar um ambiente ecologicamente equilibrado, construir e manter boas escolas de todos os níveis e tipos, bons hospitais e transporte público seguro e de boa qualidade, bens de uso geral do povo e fundamentais para a boa saúde e a boa qualidade de vida.

Na política, ao contrário do que acontece na agricultura, costuma-se colher e semear ao mesmo tempo. A economia influencia a política, e a política influencia a economia. A politicalha corrompe as instituições sociais do Brasil e consegue a façanha de sabotar uma das maiores economias do planeta. Corrupção, ignorância, dívida, crime, insegurança, doença, atraso e retrocesso são os frutos que colhemos da árvore corroída pelos políticos bons de voto e conchavo, mas péssimos de governo.

Há quase dois séculos, nós declaramos nossa independência de Portugal, exatamente porque o modelo ultrapassado da corte de exploração não nos servia. Nós já tínhamos a coragem e o poder de proteger nossas riquezas, nossa identidade, nosso orgulho e nossa liberdade. Depois declaramos nossa independência do Império, da República Velha e das ditaduras. Em todas as épocas fomos ‘atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados, perseguidos, mas não desamparados, abatidos, mas não destruídos’ (II Cor. 4: 8 – 9). Nós sempre caminhamos em direção aos nossos destinos.

Agora é o tempo de declararmos nossa independência de Brasília e sua politicalha, esses cânceres que consomem nossos povos, nossos territórios e nossos governos. A vontade e o destino dos povos é constituir territórios e governos independentes.

domingo, 22 de dezembro de 2013

Dar-se ao luxo é para quem pode

LD Dr.med. DSc. Sergio U. Dani, de Göttingen, Alemanha


Circula na internet a história de Raphael, um jovem alemão da classe média que consegue sobreviver com sua família em Berlin com pouco ou nenhum dinheiro, utilizando os resíduos da economia alemã. A história provocou uma enxurrada de comentários de todo tipo, dos elogiosos até os agressivos.  Os ‘opositores’ argumentam que é ‘fácil’ sobreviver na Alemanha com pouco dinheiro, especialmente sendo da classe média abastada alemã. Sim, o alemão é da classe média. Sim, ele pode dar-se ao luxo de sobreviver do rico lixo alemão. A maioria dos alemães de classe média não conseguiria, nem poderia dar-se a esse luxo. Romper a barreira do consumo e da concorrência é para poucos. Sim, a Alemanha é um país do luxo. Por isso mesmo atrai milhões de imigrantes. Aqui eles podem dar-se ao luxo de sobreviver com dignidade, mesmo sendo pobres. Sim, vereador alemão pode dar-se ao luxo de trabalhar de graça, e contribuinte alemão pode dar-se ao luxo de pagar impostos. Sim, tudo isso é possível porque a Alemanha pode dar-se ao luxo de gerar riqueza explorando, com a disciplina e a tenacidade alemãs, os recursos humanos e naturais do planeta. Setenta por cento da geração de riqueza da Alemanha é feita fora do território alemão, graças à atuação global de gigantescas empresas alemãs como Siemens, Volkswagen, Krupp, Mannesmann, Bosch, Merck, Mercedes, BASF, SAP e centenas ou milhares de empresas menores. Sim, a Alemanha ainda pode dar-se ao luxo de pagar salários e benefícios altos, enquanto os países periféricos como o Brasil dão-se ao luxo de sustentar o estilo de vida alemão, fornecendo matérias-primas baratas, às custas da destruição do seu meio-ambiente, pobreza, doença, deseducação, enganação e endividamento dos povos brasileiros. Sim, o Brasil é um país fantástico. Talvez por isso mais de três milhões de brasileiros dão-se ao luxo de viver fora do Brasil, e alguns dão-se ao luxo de sonhar em voltar algum dia. Muitos dão-se ao luxo extremo de enviar dinheiro para o Brasil para sustentar famílias, negócios e projetos sociais. O volume de dinheiro que essas 'formiguinhas' brasileiras enviam todo o ano para o Brasil é estimado em sete bilhões de dólares, valor equivalente a quase a metade do valor da produção anual de soja do país, ou cerca de um quarto do orçamento federal para a saúde, ou mais de um terço do orçamento federal para a educação, de incerto repasse. O que é dinheiro? Instrumento ou meio, ou mercadoria ou fim? Há quem se dê ao luxo de deixar-se dominar pelo dinheiro, quem acredite que 'dinheiro é tudo', 'tempo é dinheiro' ou 'dinheiro move o mundo'. Poucos dão-se ao luxo de dominar o dinheiro. Quem domina o dinheiro? Talvez a resposta você possa encontrar lendo os livros da senhora Margrit Kennedy (e.g., 'Occupy Money'), uma alemã que pode dar-se ao luxo de pensar.

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

‘Reluzente e imperecível’ é o genocídio do ouro

LD Dr.med. D.Sc. Sergio U. Dani

Resumo: Genocídio é um crime recorrente na história. A motivação comum entre os genocidas de todos os tempos é tomar posse dos territórios e riquezas das vítimas que encontram pelo caminho. Para o genocida, enriquecimento e poder são motivações bastante fortes para justificar as matanças. O biocídio ou matança dos sistemas de vida da terra, e o geocídio ou devastação da própria terra constitutem formas amplificadas de genocídio que se tornaram comuns no mundo globalizado. Enquanto o genocídio geralmente compromete a sobrevivência de grupos étnicos ou culturais, o geocídio compromete a sobrevivência da humanidade como um todo. Talvez o maior genocídio da história esteja sendo promovido pela mineração de ouro em larga escala. Para obter um punhado de ouro, poderosas mineradoras transnacionais aniquilam comunidades tradicionais, despejam milhões de toneladas de pó, lama e gases venenosos no ambiente, sufocam nascentes de água e seus vales, poluem rios e mares, envenenam e matam plantas, animais e pessoas. O rastro da destruição e seus venenos permanecem ativos por séculos e milênios. O geocida é um genocida que cospe no prato em que comeu.


Figura 1 │ Anúncio da propaganda sarcástica da empresa Degussa no jornal alemão ‘Die Zeit’ com o intuito de estimular a compra de ouro. No cartoon, três feiticeiros preparam uma mistura diabólica de ingredientes incluindo um osso semelhante ao fêmur humano. Ao fundo, um sujeito engravatado explica o que se passa: ‘Ah, o senhor sabe, o valor dos depósitos em ouro é superestimado. Nós temos aqui nossos métodos especiais para um perfeito mix de investimento’. Fonte: Die Zeit, N. 48, 21.Nov.2013, Seite 26/Wirtschaft.

"We find ourselves ethically destitute just when, for the first time, we are faced with ultimacy, the irreversible closing down of the earth's functioning in its major life systems. Our ethical traditions know how to deal with suicide, homicide and even genocide, but these traditions collapse entirely when confronted with biocide, the killing of the life systems of the earth, and geocide, the devastation of the earth itself." –  Thomas Berry

Para obter cada grama de ouro da mina a céu aberto localizada no perímetro urbano de Paracatu, Brasil, a mineradora canadense Kinross Gold Corporation (TSE-K; NYSE-KGC) explode duas toneladas e meia de rocha dura, destrói e polui nascentes de água potável e territórios de povos tradicionais reconhecidos pela Constituição Federal do Brasil, mata membros dessa comunidade a tiros de arma de fogo e envenena milhares com a poeira que lança sobre a cidade e a região.

Em cada tonelada de rocha da mina de ouro da Kinross em Paracatu existe um kilo de arsênio inorgânico, um veneno perigoso quando liberado da rocha para o ambiente. Basta um grama de arsênio inorgânico para matar ou adoecer gravemente sete pessoas adultas. O peso virtual ou pegada ecológica de cada grama de ouro que a Kinross retira de Paracatu equivale a 2,5 toneladas de rocha e 2,5 kg de arsênio inorgânico, uma dose letal para 17.500 seres humanos.

Até o ano 2010, a Kinross já havia liberado cerca de 300 mil toneladas de arsênio inorgânico das rochas da mina de Paracatu. Ao todo, a mineradora deverá liberar 1 milhão de toneladas desse veneno nos próximos 30 anos de mineração. Essa quantidade de arsênio equivale a uma dose suficiente para matar 7 trilhões de seres humanos. Os defensores da mineradora argumentam que apenas uma parte ‘ínfima’ desse veneno está bioacessível: cerca de 4%, equivalente a uma dose letal para ‘apenas’ 280 bilhões de pessoas.

Blindada contra os protestos das suas vítimas e apoiada numa rede de corrupção, a mineradora continua sua obra macabra. A rocha explodida é carregada por gigantescos caminhões fabricados para a Kinross pela empresa norte-americana Caterpillar/Bucyrus até um britador, onde a rocha é triturada. Dali a brita segue por uma esteira rolante até um gigantesco moinho construído para a Kinross pela alemã Siemens. No moinho, a rocha é pulverizada. O pó da rocha é misturado com água contendo diversas substâncias tóxicas e corrosivas, entre elas o cianeto de sódio fornecido para a Kinross pela norte-americana DuPont. A hidrometalurgia produz lingotes de uma mistura metálica contendo ouro, prata, cobre e ferro. O ouro é ‘purificado’ a partir desses lingotes por empresas como Degussa/Umicore. Finalmente, o ouro é vendido pelo mundo afora, transformado em lingotes, barras, moedas e jóias ‘reluzentes e imperecíveis’. Em Paracatu, fica o lixo da mineração a distilar um chorume macabro, a água podre do cadáver da rocha, o suco hediondo do lixo da mineração.

Uma aliança, uma moeda ou uma barra de ouro reluzente são leves de carregar. Mas seu peso de destruição, poluição, doença e morte é insustentável. A mineração hedionda da Kinross em Paracatu um dia termina, mas o seu chorume macabro permanece por séculos e milênios, espalhando-se lentamente para o resto do mundo.

Nota: 
No Brasil a Lei no. 2.889, de 1 de outubro de 1956 define o crime de genocídio e dá suas penas. É considerado crime de genocídio: Art. 1º Quem, com a intenção de destruir, no todo ou em parte, grupo nacional, étnico, racial ou religioso, como tal: a) matar membros do grupo; b) causar lesão grave à integridade física ou mental de membros do grupo; c) submeter intencionalmente o grupo a condições de existência capazes de ocasionar-lhe a destruição física total ou parcial; d) adotar medidas destinadas a impedir os nascimentos no seio do grupo; e) efetuar a transferência forçada de crianças do grupo para outro grupo. A lei não prevê a existência de genocídio culposo mas a imprudência, imperícia ou negligência nos cuidados exigidos para evitar lesão à saúde e dano ao meio ambiente podem causar o mesmo resultado previsto na lei para o genocídio doloso (com intenção de causar lesão). O genocídio culposo não gera processo criminal, mas gera a obrigação de indenizar.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

A queda do Reino da Macacolândia



Sergio U. Dani

Essa semana o congresso brasileiro aprovou um orçamento de mais de 2 trilhões de reais para 2014. Quase metade desse valor, cerca de 1 trilhão de reais foram destinados à rolagem da dívida pública. Com as contas públicas sufocadas em dívidas e juros de dívidas, sem dinheiro e sem política de Estado para saúde, educação, ciência, tecnologia e conservação ambiental, o país perde energia vital, perde oportunidades preciosas de evoluir. Na linguagem médica, o país sofre de catabolismo, uma condição em que o ritmo de consumo das reservas vitais de matéria e energia excede o ritmo de sua produção e armazenamento.  A causa geralmente é o crescimento de tumores malignos, em detrimento da saúde e sobrevivência do organismo como um todo. O país está moribundo porque os administradores da coisa pública brasileira gastam mal, consomem nossas reservas vitais e nos endividam, assim como fazem os tumores malignos.

Depois da notícia da dívida pública, outra notícia grotesca: hoje  a polícia do Rio de Janeiro subiu numa árvore para retirar, à força, um índio manifestante que resistia à prisão. As duas notícias compõem uma alegoria do atraso do Brasil: o país não consegue descer das árvores. As autoridades e representantes do povo regridem no esquema da evolução ao subir em árvore para caçar os direitos do próprio povo. Uma sucessão de macacos primitivos numa cadeia hereditária de poder transformou o país no ‘Reino da Macacolândia’, conforme denunciado há tempos por Monteiro Lobato. O ciclo vicioso de má-gestão e atraso enfraquece o país, e torna-o alvo da chacota nacional e internacional.

Até quando vamos suportar essa realidade? O que estamos fazendo ou deixando de fazer com nosso país, nosso orgulho, nosso futuro? É preciso recuperar nosso orgulho perdido, nosso tempo perdido, nossas oportunidades perdidas. Precisamos extirpar os tumores antes que eles nos devorem por completo, acabar com o Reino da Macacolândia, antes que ele destrua a nossa árvore da vida. No lugar da Macacolândia, devemos criar novos territórios de sobrevivência, novos povos, novos governos, e devolver a nós mesmos o nosso direito de encontrar nossos próprios caminhos. O Reino da Macacolândia, o Brasil dos macacos primitivos será uma miragem na nossa história.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Gravíssimos absurdos: novas emendas no Código de Mineração

Enquanto a sociedade está ocupada em seus afazeres de final de ano, e mesmo distraída com as confusões em torno da prisão dos mensaleiros... as quadrilhas atacam no Congresso Nacional.

O projeto do novo Código de Mineração está prevendo que a criação de qualquer área protegida dependerá de concordância prévia do Departamento de Produção Mineral (DNPM) !!!!!!!

Ao mesmo tempo, tentam mudar a Lei das Unidades de Conservação !!!!!! 

Vejam abaixo o que querem incluir:

Art. 2º. A Lei nº 9.985, de 2000, passa a vigorar acrescida do seguinte art. 22-B:

“Art. 22-B. Fica vedada a criação de unidades de conservação da natureza em áreas:
I – antropizadas com estrutura produtiva consolidada;
II – com presença de bens de valor histórico, cultural e arquitetônico para a população;
III – identificadas, pelo órgão competente, como de favorabilidade geológica, considerando, para tanto, a concentração de minas na região e o conhecimento geológico, geoquímico e geofísico da área;
IV – com recursos hídricos estratégicos para a geração de energia elétrica."

Conclusão: se ninguém fizer nada, nunca mais criaremos um parque ou uma reserva natural no Brasil.

O QUE PROPÕEM É UM ABSURDO. A CRIAÇÃO DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO VISA JUSTAMENTE PROTEGER ÁREAS DE RELEVANTE VALOR SÓCIO-AMBIENTAL E PAISAGÍSTICO CONTRA AS AMEAÇAS DA DESTRUIÇÃO. O ENVOLVIMENTO DO DNPM É UM ABSURDO, NÃO FAZ SENTIDO ALGUM PARA A LEI DAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO E ATÉ ANULA A LEI.

O CORRETO É CRIAR INSTRUMENTOS PARA UMA POLÍTICA DE AVALIAÇÃO PRÉVIA OU EX ANTE E PODER SOBERANO DE DECISÃO, POR PARTE DAS POPULAÇÕES ATINGIDAS E DOS ÓRGÃOS AMBIENTAIS, SOBRE A CRIAÇÃO DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO, COMO CONDIÇÃO PARA INÍCIO DE QUALQUER PROCESSO DE LICENCIAMENTO DE MINERAÇÃO. 

AS POPULAÇÕES ATINGIDAS E OS ÓRGÃOS AMBIENTAIS DEVERIAM TER PODER DE EMBARGO DE PROCESSOS DE LICENCIAMENTO, A QUALQUER TEMPO, VISANDO A CRIAÇÃO DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO. 

TAMBÉM É PRECISO GARANTIR A CRIAÇÃO DE GEO-PARQUES EM ÁREAS DE OCORRÊNCIA MINERAL E FORMAÇÕES GEOLÓGICA DE IMPORTÂNCIA PARA A BIOTA, PARA A PRODUÇÃO E ARMAZENAMENTO DE ÁGUA E PARA A CONSERVAÇÃO DA PAISAGEM. 

Um plano de sobrevivência dos povos brasileiros.

LD Dr.med. D.Sc. Sergio U. Dani*

*Instituto Medawar de Pesquisa Médica e Ambiental, Fundação Acangau, Paracatu, Opará.

O mundo passa por um processo acelerado de degradação dos recursos naturais que tem levado ao acirramento de conflitos, à violência e até ao genocídio. 

O processo revela-se especialmente grave no Brasil, onde a ausência de políticas de Estado, a má-gestão da coisa pública, as ingerências externas e a corrupção têm facilitado enormemente a destruição das bases de sustentação dos ecossistemas e comprometido a sobrevivência dos nossos povos.

Ninguém mais duvida que uma solução para esses graves problemas deve ser encontrada e posta em prática.

Proponho aqui um plano que poderá criar as bases para a sobrevivência dos povos brasileiros, no presente e no futuro.

O plano é simples. Sua base é o respeito aos sistemas de solos-florestas-águas-povos dos territórios naturais brasileiros. 

A água deve servir de base para o planejamento porque sem água não há vida, não há saúde, não há desenvolvimento sócio-econômico e cultural, não há paz. A produção de água depende da conservação dos solos e das florestas.

A título de referência, adota-se o mapa de bacias hidrográficas do Brasil preparado pelo CNRH-Conselho Nacional de Recursos Hídricos (Figura 1).

Figura 1 │ Mapa de organização natural do território brasileiro segundo as principais bacias hidrográficas (fonte: CNRH-Conselho Nacional de Recursos Hídricos). Nomes sugeridos para os territórios componentes do novo pacto (em sentido norte-sul, oeste-leste): Amazônia (pode ser desdobrado em vários territórios, segundo as sub-bacias hidrográficas), Tocantins, Gurupi (Território da bacia do Atlântico NE Ocidental), Piauí (o estado do Piauí corresponde à bacia do Parnaíba), Jaguaribe (Território da bacia do Atlântico NE Oriental), Opará (Território da bacia do São Francisco), Jequitinhonha (Território da bacia do Atlântico Leste), Pantanal (Território da porção brasileira da bacia do Paraguai), Paraná, Doce (Território da bacia do Atlântico Sudeste), Iguape, Uruguai e Camacuã (Território da bacia do Atlântico Sul).


Uma vez estabelecidas essas bases territoriais naturais, serão tomadas as seguintes providências:

1. Reconhecer a autonomia e a soberania dos territórios naturais brasileiros e seus povos. O processo de reconhecimento será feito ao nível nacional, pelo atual Estado brasileiro que deixará de existir para o bem geral de todos, e internacional, pelos demais Países, Estados e Nações, e pela ONU-Organização das Nações Unidas; 

2. Decentralizar a administração pública fracassada atual, devolvendo o poder e a responsabilidade aos governos autônomos e soberanos dos territórios naturais;

3. Promover a livre união desses territórios, povos e governos autônomos e soberanos em torno de um novo parlamento supranacional com a responsabilidade de fomentar ciência, educação, saúde, justiça e desenvolvimento sócio-ambiental, bem como reforçar os instrumentos de defesa pública, como o Ministério Público (Ministério Público dos Territórios Naturais do Brasil, MP-TNB) e um Exército organizado como pacto dos territórios (Organização de Defesa dos Territórios Naturais do Brasil, OD-TNB).

4. Interromper o fluxo de exportação das riquezas dos territórios às custas da permanência da degradação e da pobreza nesses territórios.

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Uma cicatriz venenosa na Amazônia

Em questão de dias, uma megamineradora canadense pode ser autorizada a construir uma enorme mina de ouro tóxica no Xingu, que poderá poluir a Amazônia! As autoridades no Pará querem arrecadar recursos a curto prazo e por isso podem aprovar o projeto a qualquer momento – mas o IBAMA pode agir se pressionado por um forte apelo da população contra essa louca corrida do ouro. Inclua seu apoio, antes que seja tarde demais: 

http://www.avaaz.org/po/uma_mina_de_ouro_na_amazonia_full/?bkCPhfb&v=31522

Entre em contato com as autoridades constituídas para defender o povo e o território brasileiros de mais um geocídio e mais um genocídio:


Presidente da República do Brasil
Dilma Rousseff
061 3411-1200
061 3411-1201
Tuíte para @dilmabr

Ministra do Meio Ambiente
Izabella Teixeira
061 2028-1058
061 2028-1289
Tuíte para @mmeioambiente

Presidente do IBAMA
Volney Zanardi Jr.
061 3316-1001 até 1003 (Sede PP)
Tuíte para  @brasil_IBAMA