terça-feira, 7 de outubro de 2014

A melhor escolha em 2014.

Por Sergio Ulhoa Dani, de Bremen, Alemanha, em 07 de outubro de 2014. 

Estamos às vésperas do segundo turno das eleições presidenciais de 2014 no Brasil. Esta é uma das eleições mais disputadas, seu resultado é imprevisível. Existe, entretanto, uma certeza: o Brasil simplesmente não pode continuar com a corrupção e a degradação socioambiental que lhe corroem os tecidos. 

Bastaria um caso da interminável lista dos escândalos de corrupção que abalaram o Brasil durante os últimos três governos do PT. O governo atual simplesmente não tem condições morais de prosseguir. 

Isso não dá direito ao PSDB do Aécio Neves de adotar um discurso moralista. No governo FHC, o Procurador-Geral da República, Geraldo Brindeiro, arquivou inúmeras denúncias de corrupção envolvendo políticos do PSDB, boa parte delas de autoria da oposição petista. Para o Procurador, os autores das denúncias arquivadas teriam aparentemente recorrido às investigações de natureza criminal para perseguir seus adversários políticos. A oposição, liderada pelo PT, respondeu dando o apelido de ‘Engavetador-Geral da República’ ao Procurador Brindeiro. 

Apesar do episódio, o PSDB não saiu incólume das denúncias. Bem conhecido é o escândalo de financiamento ilegal da campanha do PSDB para o governo de Minas Gerais, em 1998, erroneamente apelidado de ‘mensalão mineiro’ pela oposição. 

Tanto os governos do PT, quanto os governos do PSDB causaram danos socioambientais ao país. Ambos padecem dos mesmos males da sociedade brasileira à qual pertencem, e as injunções humanas e políticas universais. 

As verdadeiras mudanças que a sociedade espera, as que realmente lançariam os diversos Brasis para frente, ainda estão longe no horizonte da política brasileira. A educação científica e técnica com consciência ambiental; a descentralização, com autonomia territorial e administrativa para as grandes bacias hidrográficas, a autonomia política e administrativa dos municípios e regiões, a criação de moedas complementares regionais isentas de juros; o combate à corrupção em todos os níveis; a diversificação da matriz energética; a responsabilização das grandes corporações de mineração pelos terríveis danos ambientais e genocídios que causam e sua justa punição; a reorganização dos ambientes antrópicos, etc. Poucos políticos brasileiros atuais conhecem e defendem essas causas, muitos trabalham contra elas. 

Dos dois candidatos à Presidência da República, apenas o Aécio Neves tem a oportunidade de absorver dois expoentes que estão pavimentando os caminhos para algumas dessas mudanças socioambientais, políticas e culturais: Marina Silva e Joaquim Barbosa. Eis a razão pela qual eu apóio a candidatura do PSDB, com a condição de que Marina Silva e Joaquim Barbosa participem ativamente do governo do PSDB, com vez e voz e mão.

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